31 agosto 2016

Revoltas do Período Regencial - Cabanagem (1834 - 1840)

Fonte: youtube, retirado do vídeo cujo link consta ao final dessa postagem

A cabanagem foi uma revolta que aconteceu no norte brasileiro, no Grão-Pará, a província brasileira que continha os atuais Amazonas, Pará, Amapá, Roraima e Rondônia. Naquela época a província do Grão-Pará, compreendia os estados do Pará e do Amazonas, tinha um pouco mais de 80 mil habitantes (sem incluir a população indígena não-aldeada). De cada cem pessoas, quarenta eram escravos indígenas, negros, mestiços ou tapuios, isto é, indígenas que moravam nas vilas.

A revolta tinha como objetivo aumentar a importância que o Pará tinha para o Brasil, melhorar a condição de vida do povo, que vivia em cabanas de barro (daí o nome da revolta) e tirar do poder dos governadores da província, que na maioria das vezes, nunca tinham ido à região.

Faziam parte da conspiração índios, mestiços e pessoas da classe média. Tomaram por duas vezes, o controle de Belém, capital da província (na primeira vez, em agosto de 1835), liderados por Félix Melcher e Francisco Vinagre. As forças do governo recuperaram o poder, através de ataques de mercenários estrangeiros, e com uma ajuda dos próprios líderes, que muitas vezes entravam em desacordo.

Logo após, os cabanos que se encontravam no interior se movimentaram para a capital, tomando o poder novamente. O chefe dessa segunda investida foi Eduardo Angelim, que, apesar de ser da classe média, favorecia demais os pobres, causando estranheza e abandono dos outros líderes, culminando com o fim de seu governo, que foi de agosto de 1835 a abril de 1836.
O governo reprimiu duramente os cabanos, fazendo vários massacres. O movimento ficou ativo entre 1836 e 1840, no interior da amazônia, por meio de guerrilhas, mas não conseguiram maiores feitos. Ao final, dos quase 100 mil habitantes da Província do Grão-Pará, cerca de 30 mil, ou seja, 30% da população, foram mortos pelas tropas oficiais. Belém ficou destruída, com vários prédios e casas queimadas.

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